sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Plaisir

Diante do nada, me resta vontade.
Durante o momento, a curiosidade.
Depois da curiosidade, a necessidade.
Por instinto num momento
Me veio a cabeça movimentos
A boca, a água
No corpo o pecado
Arrepiado com o que imaginava
A vontade não cessava
E tudo me perguntava
-É o que te faltava?
Foi estranho, a pele sentindo
O pecado sorrindo
O medo partindo
E mais, mais um pouco
Mas não mais
Só pra deixar na saudade
Depois de saber do que é bom
O nada e o quase lá
Estão no mesmo patamar
E é aí que entendemos
É indispensável, inevitável
É a carne por si só
Entregue num fluxo vital
“E eu perco a voz
Quero mais...”


Victor Hugo Andrade

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