quarta-feira, 25 de julho de 2012

Entregue


Dançando a dança do som
Sorrindo a graça da rua
Sentir sua mão sobre a minha
E assistir o nascer da lua

Ouvir o rádio sem tédio
Ler a bula sem tomar remédio
Viver sem procurar sentido na vida
Subir escadas sem ter prédio

Fico sem chão quando tem paixão
Vou com o vento, eu não enxergo
Falta pouco pra não respirar
Não me contenho, eu me entrego

domingo, 8 de julho de 2012

Nada concreto


Nunca gostei de despedidas. Acho que é pelo fato delas me fazerem chorar. E quando eu choro acabo assustando as pessoas. Não, não choro pavorosamente. É que não estão acostumados a me verem chorar mesmo. É estranho até pra mim. E quando eu começo é difícil parar, acho que toda lágrima que ficou aprisionada durante um longo tempo quer sair. Esses dias estou emocionalmente instável. Acabei de me formar e vou ter que acostumar com a ideia de ver, cada vez menos, as pessoas que convivi durante quase todos os dias no último ano e meio. E não é só isso. Minha melhor amiga vai passar 5 meses na Carolina do Norte. É bem longe. A internet vai remediar a dor da distância. Tô tendo que conviver com o fim do meu estágio também. Ganhava pouco mas me divertia muito. Desempregado, pobre e sem dinheiro definem meu perfil nesse momento. Nesse período de vagabundagem ócio me apaguei a uma série gringa, “Shameless”. Ótima comédia dramática. Mostra os humanos como realmente são. Sem draminhas teens ou sofrimentos sem fim. E toda vez que termina um episódio eu sinto saudades dos personagens e volto correndo pro PC pra baixar mais um episódio. Além disso, esses dias tem me batido uma velha saudade de um sentimento muito bom que foi interrompido com dó e sem piedade. Mas já falei muito dele aqui. Esse texto foi só pra falar de saudade mesmo. Nada concreto.