O caos mental é tudo que ele tem. Mais
nada. Tudo que ele não tem é o sossego de uma noite bem dormida, um afago do
amor no fim do dia, o silêncio do nada... Tentam de todas as formas ensiná-lo a
fingir, dizer e pensar que poderia estar pior, mas ele não quis aprender.
Faltou coragem e saco pra tanto. Não conseguia ver carnaval em meio a tanto
velório. Nem mesmo ele sabia onde estava seu céu, quais milagres precisava para
se sentir completo e vivo de verdade. Ele se sentia só e mal acompanhado.
Corria, corria muito e se cansava. Todas as vozes de si mesmo eram seu
combustível para nunca parar. “CHEGA! PAREM! PARE!” Ele gritava pra si mesmo,
mostrando olhos silenciados para quem o olhava. Elas não chegam, elas não
param, ele não para.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
Um pouco
Um pouco de fantasia
Pra curar a mania de arder à dor do dia
Um pouco de harmonia
Pra sentir que a vida pode ser boa e não só melancolia
Um pouco de amor
Pra fingir que a felicidade não é só minha
Um pouco de paciência
Pra saber que a palavra necessária só pra frente caminha
Um pouco de aflição
Pra saber que nem tudo é happy end, comemoração
Um pouco de rebeldia
Pra saber que a sarna coça, sem distinção
Um pouco de família
Pra entender que a calmaria acaba no fim do dia
Um pouco de atenção
Pra perceber que não estou sozinho
Um pouco de amigos
Um pouco mesmo, bem pouco.
Um pouco de sexo
Todos os dias, pra ter um relaxante por perto
Um pouco de louco
Um pouco de torto
Um pouco de morto
É isso.
Tá perto.
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