O caos mental é tudo que ele tem. Mais
nada. Tudo que ele não tem é o sossego de uma noite bem dormida, um afago do
amor no fim do dia, o silêncio do nada... Tentam de todas as formas ensiná-lo a
fingir, dizer e pensar que poderia estar pior, mas ele não quis aprender.
Faltou coragem e saco pra tanto. Não conseguia ver carnaval em meio a tanto
velório. Nem mesmo ele sabia onde estava seu céu, quais milagres precisava para
se sentir completo e vivo de verdade. Ele se sentia só e mal acompanhado.
Corria, corria muito e se cansava. Todas as vozes de si mesmo eram seu
combustível para nunca parar. “CHEGA! PAREM! PARE!” Ele gritava pra si mesmo,
mostrando olhos silenciados para quem o olhava. Elas não chegam, elas não
param, ele não para.
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