domingo, 2 de dezembro de 2012
Discurso formal
Nada amigável
Em tom de quem só vê o mal
Me olha no olho
Só vê desgosto
Dizendo: Nada disso é normal!
De um livro que nem leu o final
Mas diz entender
À minha roupa
À minha voz
E ao meu cabelo
Deseja todo o inferno que tem
Não me ouviu, esbravejou
Não entendeu que eu só amava alguém
Já de cara, jogou na cara
Que fui feito pra fazer outro alguém
Então me diz como vai ser no final
Se só o ódio vencer?
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Voluptuoso
domingo, 28 de outubro de 2012
No final das contas
Da curiosidade
O quanto a alma padece
Pra poder se sustentar
Ela se contentaria com o que tem
Não duvidaria de ninguém
E deixaria esse pobre homem descansar
Mas eu que sou quase bobo
Tenho o coração de tolo
A deixo tudo comandar
Eu que vivo me perdendo por aí
Logo tão tarde percebi
Que ela faz meu doce azedar
Ela que pergunta até quando
Tanto, quanto, até como
O meu peito pode aguentar
Falo grosso, bem baixinho
Admito, eu não minto
Que ela faz meu mundo girar
sábado, 18 de agosto de 2012
Dó De Mi, Não Fa Sol
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Entregue
domingo, 8 de julho de 2012
Nada concreto
sábado, 2 de junho de 2012
To Love Somebody (I see your face again)
domingo, 20 de maio de 2012
Carne, osso e coração.
domingo, 13 de maio de 2012
Let me go rock ‘n roll
terça-feira, 8 de maio de 2012
Sair do armário: QUEM NUNCA?
domingo, 6 de maio de 2012
Quando um não quer
sábado, 5 de maio de 2012
Feito pra acabar
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Do Caos
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Dessas Coisas
Andei por uma avenida perigosa já sabendo que estava mal cuidada. Eu sabia que o caminho que estava fazendo era desconhecido, e por isso perigoso. Mas o perigo não era movimentação de carros, de pessoas ou animais. Isso quase não tinha. O problema era mesmo os buracos, o desgaste do asfalto, as árvores do canteiro central secas e desfolhadas. Observava o movimento de pouquíssimas pessoas. Elas estavam felizes e soltavam pipas; era a comemoração da noite de São João. A tradição era levar a pipa até certa altura e depois deixá-la solta no ar, ara seguir o caminho que o vento achasse melhor. Com nuvens em tom de azul escuro, o céu contrastava em tom de rosa. As pessoas gritavam felizes, dizendo que aquilo era melhor coisa do mundo, que adoravam essa festa. As crianças corriam atrás dessas pipas, às vezes até brigavam por elas. Foguetes de todos os tipos brilhavam no céu. Eu me sentia totalmente deslocado no meio daquilo, mas queira ver mais. Queria conhecer mais. O telefone toca, eu sinto um abraço apertado, quente e protetor. A voz me dizia tudo que eu queria ouvir; mas era uma simples reprodução de bons tempos, sem mágoa, raiva, saudade ou desgosto. A avenida era um sonho perturbado. Sonho de febre. O abraço, um delírio acordado. Garganta inflamada e coração ferido têm dessas coisas.